quinta-feira, 18 de março de 2010

Rádio e Política

Não é de hoje que os políticos estão no rádio e, algumas rádios, estão com os políticos. Lembram do Sérgio Naya?! ( http://www.igutenberg.org/radio25.html ) É só um exemplo, eram muitos antes dele e outras tantos depois.
É claro que essa é só a minha opinião, mas no interior e especificamente em Ponta Grossa, cidade onde eu trabalho, rádio e política virou moda. Duas das FM's são propriedades de políticos. Outras duas contam com políticos e/ou pré-candidatos fazendo programação. Nas rádios AM, a história se repete. E existem também as rádios comunitárias da região.
O rádio é, definitivamente, um veículo muito forte. Atinge pessoas em qualquer lugar, fala para todas as classes sociais e está na casa de todos os brasileiros. É claro que isso faz brilhar os olhos de qualquer governante. Mas, usar o rádio para se promover é péssimo. Perde o ouvinte, perde o meio e perdem os radialistas.
Rádio de verdade é feito com alegria, com música, com promoção, participação do ouvinte, serviços e informações que sejam do interesse da maioria. Fale de política no rádio, denuncie, informe, cobre ações das autoridades, mas seja isento. Ou se é político ou se é radialista. As duas coisas juntas não são boas. Como o ouvinte pode não ser influenciado? É justo que, porque o ouvinte gosta de ouvir determinada rádio/programa seja obrigada a ouvir às ações do político? Ou, seja "influenciada" a elegê-lo?
Mesmo que a rádio seja de entretenimento e não de informação, a isenção e a imparcialidade são condutas éticas bem-vindas em qualquer profissão e empresa. Eu só acho falta de respeito com o ouvinte. Acho mesmo! Rádio é um meio de comunicação de massa que deveria estar sempre à serviço da população, não à serviço de um grupo ou de um político.
Tomara que um dia isso mude!